Tá nervoso?

Uma das perguntas que mais temos ouvido nesses dias que antecedem o casamento é: "e aí, vocês estão nervosos?"

Nervosismo não é exatamente a palavra. Vamos aos fatos: desde outubro do ano passado, quando nos propusemos a casar, sabíamos que teríamos pela frente uma organização parecida com a de um grande evento, cheia de detalhes que demandam atenção e um bom gasto de energia: é preciso ‘fechar’ o espaço onde será a festa, definir as músicas pra cada momento, bater o martelo em relação ao cardápio e à decoração, escolher o formato, a cor e até o tipo de letra dos convites, elaborar a lista dos convidados e, bem, a lista é extensa demais pra enumerar cada uma das ações. Se isso tudo não for planejado e tocado no prazo correto, o stress na véspera será enorme. Por isso, elaboramos um cronograma, cumprido com folga. Por isso, não há, a princípio, com que se preocupar.

Hoje, faltando 12 dias, podemos dizer que, de tudo o que foi definido inicialmente, só falta entregar dois ou três convites, definir os últimos detalhes da trilha sonora com o DJ e a Rê retirar seu vestido de noiva. Só isso.

Uns sábados atrás, eu, Danilo, estive na loja de lembranças para retirar os bonequinhos de topo de bolo - sim, eles estão prontos e ficaram bem bacanas -, e fui indagado por um casal de noivos que estava ali se estava nervoso. Respondi que estaria se o meu casamento fosse justamente naquele sábado. Imaginem a correria de ter de se preocupar com um detalhe desses faltando poucas horas pro seu casamento. Como, na ocasião, faltava ainda um mês, nada de preocupação. Acho que isso resume nosso estado de espírito.

Mas o casamento não é um congresso ou uma reunião de executivos. É uma cerimônia na qual noivo e noiva assumem, diante de 200, 300 pessoas, que se escolheram e estão dispostos a assumir as alegrias, desafios e complexidades de uma vida juntos. Pensar nisso, claro, dá um frio na barriga. Mas não se enganem: os frios na barriga são característicos de algumas das melhores aventuras desta vida.