quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Bonecos de topo de bolo


Eles podem ser grandes, pequenos, em plástico, resina ou biscuit - uma espécie de massa feita em farinha -, gordinhos, magrinhos, jogando futebol, videogame ou tênis, acelerando uma moto, trabalhando num escritório, cuidando do cabelo num salão de beleza ou tocando guitarra. Ah, e são bem caros: custam no mínimo R$ 100 e, dependendo do tamanho e do grau de detalhamento, podem chegar a uns R$ 300. De uns anos pra cá, pelo menos nas festas de casamento, a famosa cereja do bolo cedeu lugar a um novo adereço: os bonequinhos de topo - no post anterior, havíamos prometido falar deles.

Numa festa de casamento moderna esses bonequinhos são, vamos dizer assim, o último refúgio da individualidade dos noivos. Explico: durante todo o processo de planejamento do casório e na festa propriamente dita, noivo e noiva estão no papel de...noivos! Não importa se você é são paulino ou corinthiano, palmeirense ou santista, mecânico, contador ou jornalista, se gosta de pescar, jogar sinuca ou costuma torrar o cartão de crédito num shopping center todo final de semana. Todas essas características de profissão, hobby, gosto musical ou o que seja são meio que deixadas de lado no casamento.

Pois os bonequinhos resolveram essa situação. Por meio desses 'mini-avatares', os noivos podem mostrar quem são de verdade. Uma pena que, não sei se por fanatismo ou por falta de criatividade, a maioria dos opte pelas manjadas camisetas de clubes - os preferidos são Corinthians e do São Paulo, diga-se. Mas é possível brincar com os bonequinhos de topo de bolo de forma mais inteligente e criativa. Por exemplo, caprichando nos detalhes da caricatura (algumas são de uma fidelidade incrível, poderiam ir pro museu de cera da Madame Tussauds), ou inspirando-se em atividades menos óbvias. Vimos, numa visita, um exemplo divertidíssimo, em que a noiva era representada com um cartão de crédito e milhares de sacolas de compras. Outro engraçado é o de um noivo mais velhinho representado jogando sinuca - a mesa e as bolinhas são de um detalhamento incrível. Pra ficar num exemplo mais próximo, o Fernando e a Juliana, irmão e cunhada da Rê, que casaram no início do ano, usaram um casal de pombos em tecido. A idéia foi ótima, já que pombos de verdade foram soltos durante a cerimônia. Simples e inteligente. Nesta página, postamos alguns exemplo, começando pelo óbvio futebolístico e passando pros mais elaborados - o do Mário Bros é divertidíssimo.


E aproveitando que o tema é esse, gostaríamos de saber o que vocês, leitores deste blog imaginam que representaria melhor a Rê e eu? E quais os bonecos mais bacanas que já viram em casamentos? Contem pra nós aqui neste espaço e aproveitem pra dar seus palpites. E-mail também vale.














terça-feira, 15 de novembro de 2011

Casamentos e logística


Pra quem não está acostumado - e aí, me refiro especialmente aos homens - o mundo dos casórios é, em geral, uma grande surpresa. Um universo feito de milhões de detalhes que compõem uma lista imensa e, geralmente, bem cara. A começar pelo aluguel do espaço: são uns R$ 5 mil só pra iniciar a brincadeira. Buffet? Some mais uns R$ 50 por pessoa. E por aí vai.

Fosse no interior de umas duas ou três décadas atrás e pararíamos nesses dois primeiros itens: bastaria um sítio, um boi bem gordinho do rebanho do pai de um dos noivos, dois ou três músicos camaradas pra animar a festa e tudo estaria resolvido. Claro, os presentes seriam entregues durante a festança, como num aniversário, e ficariam guardados sobre a cama, no quarto da família de um dos cônjuges, sem essas modernidades de lista de casamento do Camicado pela Internet.

Mas os tempos mudararam; vieram o êxodo rural e a urbanização, a nova classe média, o e-commerce, e voltamos à lista do século XXI, tema deste post e que inclui decoração para a cerimônia, buffet com vários tipos de salgados, DJ, um bom telão, vídeo de retrospectiva, convites em papel vergê gramatura 180,  cobertura fotográfica com álbum de 100 lâminas e acabamento fosco, filmagem em Full HD, coquetéis com quatro tipos de frutas na entrada, café e Bem Casados na saída...ufa!!! Ah, e ainda tem os noivinhos de topo de bolo, tema que vale um post à parte.

Como cada um vai lidar com esse mundo de detalhes (e de custos) é uma questão pessoal: dizem que prá maioria das mulheres é um sonho - as comédias românticas estão aí pra comprovar - e, portanto, uma grande curtição; já pros homens, geralmente menos afeitos a esses tipos de programa ('bater perna', como diz minha mãe), pode ser fonte de dores de cabeça, calos nos pés e uns quilos a mais por conta das infidáveis degustações. Mas convém não generalizar: pragmática que é, a co-autora deste blog, a Rê trocou recentemente um tão sonhado teste do vestido de noiva por um passeio de bike nas montanhas - e, se querem saber, achei o máximo. Mas também já ouvi muitas histórias de caras que passaram meses se planejando pro sagrado dia de pisar no altar e pensando em cada detalhe da festança de gala. Como disse, cada um tem sua forma de lidar com a questão.

Enfim, já que a idéia deste blog é juntar aventura com casamento, podemos dizer que a cerimônia matrimônial se tornou uma grande aventura. E como qualquer aventura, requer logística e um bom planejamento. Mas, mais que tudo, é bom que noivo e noiva estejam em sintonia pra que, pragmáticos ou sonhadores, façam desta uma aventura divertida.

PS. Como a maioria já deve saber, eu e a Rê já temos hoje - faltando oito meses prá cerimônia! - quase tudo pronto. Esperamos que o planejamento da aventura tenha sido bem feito e que vocês gostem do resultado.