sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A aventura do casamento

Bem vindos ao nosso blog. O blog do casal aventura. Ok, sabemos que outros casais por aí fazem coisas muito mais, digamos, aventureiras, como subir o monte Aconcágua, atravessar o Atlântico num veleiro ou dar a volta ao mundo numa moto, numa bike ou qualquer veículo mais precário. O fato é que, desde o começo, nossa história sempre foi muito ligada aos esportes que exigem contato com a natureza. Por isso, muitos dos amigos começaram a nos chamar de casal aventura – voltaremos ao tema em outro post. Então, por que não colocar o termo ‘aventura’ ja no endereço deste espaço? Querem ver como faz sentido juntar casamento com aventura?
Guilherme Cavallari, um dos mais respeitados autores na área de esportes outdoor define ‘aventura’ a partir de três princípios: (1) desafio (físico e psicológico), ‘algo que ajuda a entender nosso papel no todo’; (2)  busca por conhecimento – com necessidade de preparação e estabelecimento de metas, (3) integração com a natureza.
Pois bem: casamento é um desafio, psicológico - por motivos óbvios – e físico. Sim, físico! Afinal, quem nunca teve de se desdobrar pra acompanhar a mulher (ou o marido) num daqueles encontros com amigos de infância justamente no dia em que o chefe estava de mau humor, o projeto do trabalho deu pra traz e nada faria mais sentido que um vinho e uma sopinha diante da TV, um banho quente e cama? Ou, pensando um pouco mais longe, que pai nunca chegou em casa em cacos e teve de encarar um ‘terceiro tempo’ (super legítimo, diga-se) na saudável e cansativa interação com as crias? Casamento exige preparo físico.
Falemos do segudo item, estabelecimento de metas. Todo casamento passa, ou deveria passar, por metas, de acordo com as diversas fases da vida: de morar junto, de casar, de ter filhos, de ter cachorros, de comprar uma casa, um apê, um sitio, ou simplesmente de conseguir um tempo pra ir no cinema numa tarde de domingo. Você pode até dizer que esse é uma concepção pequeno-buguesa da vida e que não serve pra você, mas certamente em algum momento vai ter suas metas matrimoniais. E a busca por conhecimento? Simples! Conhecimento um do outro, integração. Horóscopo, olhar enviezado, TPM, vale ficar atento a qualquer pista mais ou menos evidente pra conhecer a pessoa com quem você pretende dividir o teto.
Por fim, Cavallari se refere à integração com a natureza. No nosso caso, isso pode ser tomado na acepção mais literal: pé no barro, mosquitos, vento, sol e chuva na cara. Foi assim que a gente se conheceu e esse é um fator que nos une. Mas, pra quem não é da trilha, dá pra pensar na questão de maneira um pouco mais abstrata, na ‘natureza’ como jeito de ser – “condição própria, essência dos seres”, informa o dicionário. Integração com a natureza pode significar, então, uma integração dessa tal ‘natureza dos noivos’.
Portanto, amigos, lá vamos nós pra essa aventura – agora devidamente classificada  e catalogada como tal – do casamento do Danilo com a Renata. Pra nós, o desafio já começou. E, como costumam dizer os jipeiros e motoqueiros, numa aventura, o importante não é o destino, mas estar no caminho.   

Danilo